Paulo Nogueira de Vasconcelos

1952 - 2020

Caminhoneiro apaixonado pela estrada e pela família, Fubá era amoroso e solidário.

Filho de uma família de 11 irmãos, Paulo, Fubá ou simplesmente Tio Paulo era um mineiro que, desde muito jovem apaixonado por estrada, tornou-se caminhoneiro. Andou muito por todo o Brasil, mas tinha na cidade natal seu porto seguro e foi onde viveu os últimos anos.

Fubá, seu apelido mais conhecido, surgiu do fato de, certa vez, ter acentuado a palavra erroneamente: “Fúba”. No começo, era esse o apelido, depois virou Fubá. Por sua vez, gostava de colocar apelidos carinhosos em todos – era quase uma mania, bem como outra ─ curiosa ─ que possuía: lavar as mãos e passá-las ainda molhadas no cabelo.

Sempre muito divertido e alegre, brincava com todos e gostava de contar histórias sobre suas viagens. Nas horas vagas, visitava os irmãos, ficava na praça de prosa com os amigos, passava pelas oficinas mecânicas e jogava baralho.

Tinha um enorme coração que comportava a grande virtude de servir os outros: doava-se muito e não media esforços para ajudar quem precisasse. Era o típico “topa-tudo”, solidário companheiro de viagem, de baralho, de “um franguinho ao molho pardo”. Sua preocupação, quando ficou no hospital, era que ainda tinha uns pneus para entregar.

Pai amoroso e zeloso, teve com a esposa, Dalmira, as filhas Daniele e Paula. As duas eram seu tesouro e adorava lhes fazer um agrado: pão de queijo para Paula e coxinha ─ sem ovo! ─ para Dani.

Paulo sempre foi elo importante na família. Alegrava-se em ver os familiares unidos e se mantinha presente na vida de todos. Talvez por isso soe tão estranho falar sobre ele no passado... Deixou muitas pessoas queridas e amigos... Religioso, não faltava às missas no fim de semana e na sua fé partiu, certamente sabendo que um dia irá reencontrá-las.