1933 - 2021
Grato a Deus pelo dom da vida, cantava versos e rimas, lembrando a época feliz no campo.
Homenagem escrita pela filha Marilda para o Sr. Raimundo:
“Meu pai sempre foi muito trabalhador e buscava novas alternativas, por mais simples e humildes que fossem, para sustentar a família e honrar seus compromissos. Não se cansava. Tinha um coração enorme e ajudava sempre quem precisasse e o procurasse.
Foi sempre muito ligado à minha mãe, Maria da Penha, que o acompanhou e o apoiou nos 65 anos de casados. Nos últimos tempos, ele não ficava um segundo longe dela. A cada cafezinho e refeição que fazia, orava, agradecendo a Deus!
Apesar do Alzheimer em fase leve, teve de parar com suas atividades, mas isso não o desanimou. Continuava com o sorriso espontâneo e fácil e agradecendo pela vida, a cada dia.
Contava longas histórias do seu passado na roça e cantava versos e rimas, sempre muito alegre e sorrindo. Um exemplo de pai, avô e amigo.
Em uma fase da vida, meus pais precisaram de atenção mais de perto, então fui cuidar deles. Foram muitas idas e vindas para hospitais, laboratórios, e até internação dos dois, em dezembro de 2018, quando passamos as festas de fim de ano na Unidade de Saúde. Graças a Deus venceram essa etapa com muita fé e retornaram bem para casa.
Quando nos vimos pela última vez, em dezembro de 2020, ele estava como sempre feliz, conversando, brincando e fazendo pose pra selfie no carro. A saudade agora é sem fim, mas meu pai cumpriu sua missão: combateu o bom combate, acabou sua carreira e guardou a fé.”
Raimundo nasceu em Iapu (MG) e faleceu em São Paulo (SP), aos 87 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Raimundo, Marilda Penha da Costa. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Ana Clara Rodrigues Cavalcante, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 21 de julho de 2021.