1962 - 2020
Só dirigia mexendo no bigode.
Ele foi um pai maravilhoso para os filhos Sérgio, Cintia, Silas, David, Silvia, Walquíria, Vivian, Grassi e Wanderson. Companheiro excelente de Elisabeth, andavam sempre juntos. Ele até brincava com ela dizendo que, se um dia partisse antes dela, iria coçar seu pé durante a noite, porque sempre estaria ao seu lado.
"É difícil falar sobre o meu pai. Ele era um ser maravilhoso, de verdade. Adorava ajudar as pessoas, era um excelente pai, marido, tio e amigo. Ele foi um avô muito presente. Eu sei que ele estará sempre cuidando de todos nós", conta o filho, Sérgio.
Raimundo gostava de curtir a família em seu tempo livre. Ele trabalhava em um bar, e lá era conhecido como Raimundão. Apaixonado por uma praia, quando entrava no mar "não queria mais sair; era uma alegria só", conta o filho.
Conhecido por não ter inimizades, era muito respeitoso com todos à sua volta. Não podia ver uma injustiça, nem perceber a dor do outro — isso realmente doía em Raimundo.
"Meu pai tinha umas manias muito engraçadas, como no frio, quando colocava um casaco que nem a barriga tampava, de tantos furos que tinha", relembra Sérgio, achando graça.
Raimundo deixou um legado de atenção e zelo para com os seus e isso não será esquecido jamais. Seus filhos contam que são sua extensão no mundo, e que seguirão com os seus ensinamentos todos os dias.
Sérgio finaliza, dizendo: “Meu pai era a tradução de carinho. Ele me ensinou a ser homem e a ter caráter. Era a pessoa mais incrível que eu já conheci, uma pessoa com um coração espetacular e muito alegre. Suas últimas palavras para mim foram, ‘estou bem, cuida da sua mãe’. Te amamos para sempre, obrigado por tudo”.
Raimundo nasceu em Japeri (RJ) e faleceu em Volta Redonda (RJ), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelos filhos de Raimundo, Cíntia e Sérgio Alves . Este tributo foi apurado por Luma Garcia, editado por Luma Garcia, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 10 de março de 2022.