Raimundo Silva Dias

1958 - 2020

Ouvir músicas bregas enquanto tomava uma cerveja gelada era seu lazer predileto.

Foi entre as palmeiras de babaçu do Maranhão, na cidade de Poço das Pedras, que esta história começou. Um tempo depois, a exemplo de muitos nordestinos, Seu Raimundo mudou-se para a capital paulista em busca de oportunidades na vida.

Raimundo gostava de contar histórias sobre sua infância, adolescência e juventude. Nos rigores do interior maranhense, ele viveu tempos desafiadores “com privação de alimento e de oportunidade” rememora o filho, Pe. Tiago. "O pai era apaixonado pela juventude e, apesar da idade, não gostava de ser chamado de velho” acrescenta o filho.

"Meu pai foi metalúrgico, do início ao fim da vida”, conta Pe. Tiago. "Foi assim que ele conseguiu recursos para cuidar da família, tendo sido um pai dedicado que nunca nos deixou faltar nada”. De acordo com seu desejo, Raimundo foi um homem íntegro e batalhador. Aproveitando as oportunidades que a vida lhe apresentou, como fruto de seu trabalho, conseguiu tudo o que gostaria de alcançar.

Nos momentos de descanso e lazer, “com sua cervejinha na mão”, gostava de ouvir música. O repertório predileto eram canções de Roberto Carlos e outros cantores bregas. Sem se importar com o fato de serem canções “fora da moda”, como descreve o filho, este era um momento que o refazia e deixava feliz.

Como todo ser humano, Raimundo tinha sim seus defeitos, que eram notados por Pe. Tiago e outros da família. Contudo, o que mais sobressaía era o fato de que Seu Raimundo era dono de “um coração que não cabia no peito”.

Raimundo segue vivo nas orações e gratidão do filho Pe. Tiago "por tudo o que ele fez por mim — por nós".