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Regina Aparecida Lima

1964 - 2020

Mãe costuma ser doce, mas Regina... tinha um tanto a mais de açúcar!

O neto tem um ano de idade, a filha vinte e nove. A mãe e a irmã estiveram sempre por perto. Moravam todas estas mulheres juntas, na mesma casa, íntimas e parceiras. Há um ano, um menino pequeno se juntou nesta ciranda feminina.

A vontade de registrar algumas palavras sobre esta mulher vem do desejo de que este pequenino possa ler daqui alguns anos, algo bom da avó ao mesmo tempo que conte a ele o que aconteceu neste ano de dois mil e vinte.

Regina foi mãe e pai de Amanda, sua filha, tanto que participava das
comemorações em ambos os dias: em maio e em agosto. Tinham uma
relação muito forte e carinhosa de amizade. Dedicada e disponível dentro de casa e no trabalho, na Universidade Estadual de Londrina. Adorava verdadeiramente o que fazia.

Durante o mês de abril, ela, sua mãe e sua irmã foram internadas com a Covid-19 e Regina acabou não resistindo, vindo a falecer.

Como me disse Amanda, palavra feminina para ‘amando’, deixar
registrado uma lembrança boa na história ajudará na tentativa de dar algum sentido para esta vida interrompida.

Regina nasceu em Londrina (PR) e faleceu em Londrina (PR), aos 56 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido filha de Regina, Amanda. Este texto foi apurado e escrito por Tatiana Filinto, revisado por Lígia Franzin e moderado por Edson Pavoni em 17 de agosto de 2020.