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Reginaldo da Silva

1971 - 2020

Provocava riso com muita facilidade, era divertido e companheiro para todas as horas.

Para cada posição que Reginaldo ocupou, existiu uma característica específica que o marcava: filho carinhoso, esposo dedicado, pai amoroso e um irmão incrível. Mas, independente do papel que assumisse, a alegria se destacava.

Brincalhão que só ele, Nado, como era conhecido, se divertia apelidando quem encontrasse pela frente, fazendo com que o apelido virasse nome, de tanto que pegava. Dono de um espírito cativante, era um tipo específico de parente difícil de se encontrar por aí: o familiar-amigo. Mais do que uma simples ligação genética, ele era companheiro dos seus e fazia questão de estar sempre junto.

Foi um santista apaixonado e inconformado quando seu time do coração perdia. Também vivia com ânimos exaltados com a balança e até tentava controlar os números, mas quando a boa comida se apresentava, ele voltava ao estado de paz.

Em sua carreira como corretor de imóveis, desempenhou um ótimo trabalho ─ saber fazer negócios era seu forte.

A curta trajetória de Nado rendeu muitas alegrias ao seu pai, Alexandrino, mas essa relação tão estimável foi atravessada pela perda de pai e filho. Alexandrino veio a falecer dois meses após a partida de Reginaldo, ambos pela Covid-19.

Seu profundo amor pela companheira era evidente; a chamava de "Pequena".

Ao pensarem em Nado, todos que o conheceram e o admiraram se lembrarão dessa figura:

"Reginaldo era muito amoroso e tinha enorme preocupação com as pessoas, por vezes se calava a fim de não ferir com sua opinião. Levava tudo em tom de brincadeira, mas o olhar demonstrava o quanto se afligia com os problemas dele e dos outros. Saudades, meu irmão e amigo!", expressa com imensa saudade a irmã Selma.

Para conhecer a história do pai de Reginaldo, visite o memorial de Alexandrino da Silva Neto.

Reginaldo nasceu em Osasco (SP) e faleceu em Barueri (SP), aos 49 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela irmã de Reginaldo, Selma da Silva Araújo. Este tributo foi apurado por Júllia Cássia, editado por Júllia Cássia, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 27 de novembro de 2020.