Roberto Martello

1970 - 2021

O churrasco de família não seria completo se faltasse a sua famosa frase: “Eu falei que a carne ia ser pouca”.

Seu Martello, como era conhecido, tinha um jeito alegre, um sorriso largo, e era visto por todos como uma pessoa de alma leve. Era casado com Adriana, seu amor da juventude, união que durou vinte e nove anos, até sua partida. Tiveram quatro filhos: Bruna, Éverton, Emanuele e Maria Eduarda.

A família era sua grande paixão. Foi um pai que não economizava demonstrações de carinho com todos. Fosse com beijos, com abraços ou mesmo querendo saber de um por um a cada ligação. Quando chegava em casa, fazia questão de ir ao quarto de cada um dos filhos para dar-lhes um beijo.

Para a filha, Bruna, ele foi o melhor pai, esposo, amigo e filho que já se teve notícia. Preparava-se para ser também o melhor avô de todos, mas não teve tempo de conhecer sua primeira netinha, a Lorena.

O sorriso de Roberto espelhava a alegria que sentia com as pequenas coisas. A filha lembra de sua satisfação ao comer batata doce com leite. E de seu entusiasmo nos churrascos de família, quando sempre se preocupava se a carne ia ser suficiente para todos. Outro programa que deixava Roberto feliz era passar o domingo no sítio de um de seus amigos.

Caminhoneiro de profissão, tinha verdadeira paixão e orgulho do ofício. Excelente funcionário, era considerado o melhor caminhoneiro de transporte florestal da região. Uma das lembranças mais marcantes para Bruna é o pai lhe mostrando a boleia do caminhão e lhe dando as primeiras dicas.

Aos filhos, por meio de palavras e do seu exemplo, ensinou a buscarem ser os melhores em tudo que fizessem. E também a sempre agradecer. Uma de suas frases famosas era “Em tudo 'dai' graças”.

Como diz a música “Na Mesma Estrada”, de Zé Felipe, que era a sua favorita:

“A maior herança que você me deu
Não é diamante, nem ouro, nem prata,
É sua história e tudo o que escreveu.”

Seu Martello escreveu uma linda história.