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Rogério Oliveira Ramos

1977 - 2020

Seu filme preferido era o Auto da Compadecida, sabia todas falas do início ao fim.

Amava a casa cheia. Fazia questão de ter a família toda reunida, principalmente no Natal e no Ano Novo. Com ele, a vida era só felicidade, não faltavam sorrisos e bons amigos. Foi um pai e também um filho amoroso. Da união com Sandra - uma longa história de vinte e quatro anos - vieram os dois filhos, Evelyn e Roger.

Como profissão, era técnico eletrônico formado pela Escola Técnica Federal do Amazonas, o novo Instituto Federal do Amazonas. Sofreu um acidente vascular cerebral aos 27 anos; e, desde então, aposentou-se. Mesmo após os problemas de saúde, manteve-se firme e confiante na vida. Dizia que a vida é boa e que a gente só precisa saber viver e aproveitar com juízo.

Tinha uma memória incrível e era extremamente inteligente. Aprender outros idiomas era uma das coisas que mais gostava de fazer, e seu estilo predileto de música era o rock. Ele amava seu carro e passear nele pelas ruas de Manaus.

Às terças e quintas, ficava muito animado, pois era o dia de ir ao Programa de Atividades Motoras para Deficientes - PROAMDE -, e às sextas e domingos, frequentava a igreja. Ele sabia fazer piada de tudo, e sua energia era contagiante.

Uma pessoa feliz, que andava por aí espalhando alegria! Grandes amizades e amor pela vida nunca lhe faltaram. Era uma pessoa extremamente responsável e agregava muito valor à vida de todos que o conheciam. Deixa muitas saudades, muito amor e bons exemplos.

Rogério nasceu em Manaus (AM) e faleceu em Manaus (AM), aos 42 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Rogério, Evelyn Marcele Campos Ramos. Este tributo foi apurado por Larissa Reis, editado por Raphaela Costa, revisado por Elias Lascoski e moderado por Rayane Urani em 8 de setembro de 2021.