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Romilda Alves de Souza

1951 - 2021

Em vez de reverenciar suas cicatrizes ela preferia distribuir amor e cura.

Se pudéssemos escolher uma única palavra para defini-la, essa palavra seria amor. E ainda assim não seria suficiente para compreender o tamanho e a grandeza do coração da Romilda.

É certo que na vida conhecemos pessoas incríveis, algumas nos marcam como tiros de um canhão. E essas marcas ficam conosco por toda a eternidade. Marcas e mais marcas.

Mas há aquelas pessoas que não são apenas marcas em nossas vidas, e nas vidas de todos que as rodeiam. Há pessoas que brilham, que nascem para iluminar, que são verdadeiras missões de Deus, que amam, que cuidam, que curam, e que a sua simples presença faz todos se sentirem bem, todos esquecerem, ao menos por algumas horas, das dificuldades desse mundo.

E não importa quantas cicatrizes ou por quantos sofrimentos essas pessoas iluminadas passam, elas sempre espalham o amor. Fazem isso porque são amor. Porque cada uma de suas células é banhada pela luz de suas puras almas.

Acreditamos que no final, tudo se encaixa, menos a saudade que é grande e certa. Saudade de ter a pessoa que amamos por perto. Saudade de saber que o mundo era um lugar mais feliz e mais amoroso com a sua presença.

No entanto, todos nós sabemos e compreendemos que Deus conta com seus anjos, os seres de luz que escolhe a dedo, para cuidar das vidas da Terra. E ele não poderia ter escolhido melhor pessoa para estar ao lado Dele com a missão de ajudá-Lo a olhar por todos nós.

Romilda nasceu em Natal (RN) e faleceu em Natal (RN), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Romilda, Vitória Maria de Souza. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Ricardo Valverde, revisado por Ana Macarini e moderado por Rayane Urani em 30 de março de 2021.