1967 - 2020
Era um pai amoroso não só para os filhos, mas para qualquer pessoa que cruzasse seu caminho
Se existe uma palavra que possa definir ao menos um pedacinho do homem de grande coração que era Ronaldo Teixeira da Silva, essa palavra é pai.
Pai de quatro filhos, mas era também conhecido como "Pai dos feirantes". Na verdade, todos chamavam Ronaldo de pai. Pelo seu jeito acolhedor, por sempre ajudar quem precisava, pela mania de não saber dizer não, pela inteligência sobre a vida, por quem ele era. Pai, todo mundo chamava ele de pai.
Ronaldo começou a trabalhar desde cedo e passou por mais de uma profissão: feirante, caminhoneiro e comerciante de frutas com a esposa, Edileia. Ele era o caçula de uma família grande, e sempre visitava o pai quando voltava de viagem.
O que mais prezava era sua família. Fazia questão de colocar a filha na cama sempre, e queria ensinar tudo da sua profissão para seu filho, que queria ser igual ao pai. Edileia relembra com carinho dos momentos na sala de estar, dos finais de semana sagrados para passar tempo com ele e as crianças, de todas as vezes que ia para rua e voltava com alguém mandando lembranças para Ronaldo, de tudo que aprendeu com ele.
Ronaldo tinha um sonho: assistir os filhos crescerem e ver a família se tornar ainda maior. "Esses são meus filhos, ninguém tira de perto de mim!" ele dizia. Edileia esteve com ele a cada momento e relembra o pedido do seu marido: toma conta dos meus pequenos.
Seu universo era a sua família, como sempre é para um paizão.
Ronaldo nasceu em Arapiraca (AL) e faleceu em Arapiraca (AL), aos 52 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido Esposa de Ronaldo, Maria Edileia Ramos. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Layla de Cássia Alves Santana, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 10 de janeiro de 2022.