1947 - 2020
Binômio flor-mulher, carregava consigo um coração maior do que ela.
"Não, não posso parar! Se eu paro, eu penso; se eu penso, eu choro", dizia ela.
Infelizmente, circunstâncias maiores pararam Rosana. Ela era "Tia Rô" para seus alunos. Era a avó, mãe e amiga amada por todos. O choro fica por conta de quem ficou por aqui, os muitos que agradecem pelo privilégio de ter convivido com alguém que se doava por inteiro a quem amava - uma pessoa forte, que quando chegava nos lugares, se sobressaía pela sua inteligência e vivacidade.
Era eclética, livre, leve e solta para todos os aspectos da vida. Tinha, como marca registrada, deixar o cheiro de seu perfume e seu carisma por onde passava. Convivia com a saudade de uma de suas filhas que mora em Nova York, mas, sempre que podia, pegava um avião visitá-la. Sua família era sua paixão!
O amor imensurável em seu peito dividia-se entre Carlo, seu marido; Giovanna e Manuela, suas filhas e Gabriel, Miguel e Cecília, seus netos. Sua generosidade fez com que, mesmo depois de uma crise financeira, ela levasse as filhas, seus primos e amigos para uma viagem à Disney. Gostava de rir e fazer rir, por isso aproveitou a viagem para pregar uma peça em todos, quando comprou adesivos de verrugas e espalhou pelo rosto.
Rosana era aquela que tinha prazer em fazer o bem, que pensava sempre no outro antes de si mesma.
A prova disso foram suas últimas palavras! Sua filha que mora no exterior também estava doente, o que a preocupava imensamente. Antes de ser entubada, não deixou de perguntar aos médicos sobre como ela estava. Rosana não ficou sabendo, mas, mesmo inconscientemente, salvou sua filha que foi correndo para o hospital em busca de tratamento.
Mesmo depois de sua partida, o legado daquele coração gigante ficou marcado na história de quem teve o prazer de cruzar caminhos com um ser humano exemplar!
"A Eterna Tia Rô, que nos brindou com sua passagem nesta Terra. Marcou vidas e corações." lembra o amigo Paulo Alexandre.
Rosana nasceu São Paulo (SP) e faleceu São Paulo (SP), aos 73 anos, vítima do novo coronavírus.
Jornalista desta história Elisa Paixão, em entrevista feita com filhas Manuela e Giovanna, em 23 de maio de 2020.