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Roseley Moisés Ramos

1947 - 2020

A risada em alto astral de Leley dava a alegria esperançosa para os dias.

Colecionadora de xícaras, Roseley guardava com cuidado um conjunto de porcelana para os amigos e familiares. Muito positiva e otimista, era ela quem levava esperança a qualquer situação.

Seu alto astral contagiava a quem estivesse por perto. Pela sua sabedoria em amar a vida, com todo seu carisma era fácil conseguir amizades. Era prestativa com alegria. Por isso, quando andava de carro e via algum amigo passar na rua ou parar no ponto de ônibus, fazia os condutores, fossem as filhas ou o esposo, pararem para dar carona! Nunca mediu esforços para ajudar a quem precisasse.

Definitivamente um ser humano de luz, vivia sorrindo. E, até hoje, a cunhada diz sentir saudades dessa risada inconfundível.

Ana Cristina, em todas as suas falas, celebra Roseley com grande carinho: “Se pudesse, eu gostaria de dizer que sinto muita falta dela. Agradecê-la por ter feito meu irmão muito feliz, por ter nos dado uma família tão linda quanto a deles. Agradecer pelo tempo que ela esteve conosco e por tudo o que ela nos ensinou. Agradecer pela grande mulher forte que ela foi. Dizer que eu a amo muito e que um dia iremos nos encontrar...”

"Leley", como era chamada por queridos, casou com o irmão de Ana Cristina e com ele teve duas filhas, que lhes presentearam com cinco netos. Profundamente apaixonada pelos três meninos e duas meninas, grudes da avó e seus verdadeiros confidentes, sua família era seu bem mais precioso.

Nas horas que não passava lendo livros espíritas e suas revistas semanais, cozinhava para os netos e tentava agradá-los de todas as formas. Acompanhava-os nas festinhas da escola, nos jogos de futebol, nas festas de formatura. Embora fosse xodó até mesmo dos amigos deles, sabia ser brava quando necessário. Uma verdadeira super avó!

O marido de Roseley e ela eram muito diferentes. Isso os completava como um casal companheiro. Não se desgrudavam: a localização de um era as coordenadas do outro. Viviam para amar os netos e as filhas e gostavam de ir ao mercado, ao banco e ao centro espírita juntos. Dividiam todos os momentos com um jeito brincalhão… Bastava que ele fizesse alguma brincadeira para que Roseley desatasse todos os sorrisos!

Os amigos e a família, com toda certeza, sentem falta do espírito ativo de Roseley a passear por aí...

Roseley nasceu em Campo Grande (MS) e faleceu em Campo Grande (MS), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela cunhada de Roseley, Ana Cristina da Rocha Ramos. Este tributo foi apurado por Luisa Pereira Rocha, editado por Maya Matta Lopes, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 30 de setembro de 2021.