1966 - 2020
Enfrentou as barreiras da vida pelos filhos e netos. Eles eram seu porto seguro.
Conhecida como uma mulher de fé e de um sorriso inigualável. Sempre alegre com todos, até mesmo com os que conhecia há pouco tempo. Amava estar na presença de Deus, indo à igreja, frequentemente.
Uma guerreira, de coração gigante, amava ficar com suas paixões, que eram: seus filhos, netos e o bisneto recém-nascido. Protegia cada um deles, de tudo e de todos. Dona Rosimeire dizia: “Que honra minha, aos 54 anos, já ser bisavô”. Tinha um orgulho imenso disso.
Ela não tinha apenas o amor de mãe e de avó, mas também levava o amor para a comida. Cozinhava, do jeitinho dela, a famosa "comidinha de mãe, a melhor do mundo". Alguns pratos, só ela sabia fazer: o frango ao molho e o peixe frito — todos da família adoravam. Mas não só na cozinha ela fazia seus quitutes, aproveitava para comer também fast-food com seus filhos e netos, ela amava passar um tempo com eles.
Duas pessoas passaram em sua vida, mas não foi conforme ela esperava. Então, devido ao destino, reencontrou o amor da época de adolescência, o senhor Valdete. Não puderam se casar, por falta de aprovação da família dele. Depois de um certo tempo, não se separaram mais e passaram 28 anos juntos. Realmente, foi o amor de sua vida.
Rosimeire teve cinco filhos: Joyce Ribeiro, Wellington Ribeiro, Rosineide Fonseca, Rosicleide Fonseca e Eduardo Fonseca. Sendo que somente Wellington Ribeiro era filho de Valdete. Os demais, ele tratava como filho.
“Sorte minha em ter tido o privilégio, em ter tido a senhora minha rainha todos os dias ao meu lado (nosso Deus foi generoso comigo). Obrigado, mãe, daqui para a frente irei me lembrar das lindas recordações que passei ao seu lado. Te amo, minha rainha”, diz o filho Wellington.
“Fui uma filha amiga, presente e companheira. Como ela sempre falava, pois eu estava sempre ao lado ela. Eu fazia questão de ir à casa dela aos domingos, para almoçar com ela. Passar o dia em sua presença, era meu maior prazer. E quando vim morar em Minas Gerais, sentimos muita falta uma da outra, mas nos falávamos, dia e noite, através de mensagens pelo celular. Suas palavras eram sempre: “Filhota, você foi morar em Minas, mas estamos sempre presentes na vida uma da outra. Ainda bem que existem as videochamadas para matar a saudade”. Até que veio conhecer Minas e amou. Falou até em vir morar aqui”, relembra sua filha Joyce.
“Mãe, obrigado por tudo. Te amaremos eternamente e somos gratos por Deus nos ter dado uma mãe maravilhosa. Sentiremos saudades”, falam os filhos Eduardo e Rosicleide.
“Mãe, a senhora será para sempre minha vida, minha rainha. Saudades”, diz a filha Rosineide.
Dona Rosimeire foi uma mulher de luz, seus filhos foram seu porto seguro. Não será esquecida e sim, lembrada sempre, nos corações de cada um. Um exemplo de mulher, de mãe e de avó.
“Mãe, a senhora me ensinou tudo, menos a viver sem você. Será para sempre lembrada, Vida, como eu sempre chamei a senhora. Te amo mãe”, fala, emocionada, a filha Joyce.
Rosimeire nasceu em Recife (PE) e faleceu em São Paulo (SP), aos 54 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Rosimeire, Joyce Ribeiro. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Priscilla Romana Fernandes, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 1 de fevereiro de 2021.