1970 - 2020
Enviado de Deus, era o pastor que dedicou a vida para cuidar de suas ovelhas.
Esposo de Telma, viveu junto dela uma vida dedicada aos necessitados, à família e a Deus. Ensinou aos seis filhos biológicos e aos dois de coração, o significado de amar ao próximo. Repassou para seus familiares valores de honestidade, humildade e altruísmo.
Em razão de seu empenho e dedicação, foi destaque em todos os lugares em que passou, tendo aplicado a sabedoria e o dom da oratória para ultrapassar as pedras nos caminhos tanto da vida, quanto da profissão.
Um de seus maiores objetivos era propagar a palavra de Deus e quanto mais via que sua família prosperava, mais sentia que sua missão no mundo era divina. Dentro dessa missão, por exemplo, criou em sua igreja um projeto chamado Grão de Areia, cujo propósito era arrecadar brinquedos e alimentos para as crianças.
Rui também se identificava dentro da cozinha, onde colocava toda a sua criatividade em pratos diferentes que ele mesmo inventava e dava nomes, como o “macuquer com batata”. Sorria quando dizia os nomes, sorria quando proporcionava o alimento para a família, sorria mais ainda quando dedicava seu talento para alimentar as pessoas carentes.
Sonhou em conhecer seu neto, Heitor, e em levar seus filhos e sua mãe para viverem perto dele. Devido à escassa estrutura da cidade em que morava, não teve tempo de realizar esses sonhos. Assim, nos últimos minutos da vida de Rui, ficou para os filhos a missão de falarem com sua mãe que ele não conseguiu resistir, em pleno dia das mães.
Rui nasceu em Belém (PA) e faleceu em Macapá (AP), aos 50 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Rui, Janaina Itacleria Santos Chaves Oliveira. Este tributo foi apurado por Luisa Pereira, editado por Diego Eymard, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 25 de junho de 2020.