1961 - 2021
Nenhum problema era grande o suficiente, que ela não pudesse resolver com um sorriso no rosto.
Rute veio de uma família simples e queria o mundo para si. Trabalhou e lutou muito para conquistar tudo o que teve. Foi boa e generosa, trabalhou de graça para ajudar quem não podia pagar e quem precisava.
Superou duas separações e a morte dos pais. Ajudava os irmãos e os criou praticamente sozinha, guiando seus passos e nunca deixando pisar fora da linha. Maria Eugenia relata que a mãe: "Era uma 'general', entretanto ao mesmo tempo, a pessoa mais doce que conhecia. Durona, mas chorava vendo programa de domingo a tarde. Brava, porém de riso fácil. Entrava de cabeça em tudo que fazia, não tinha meio termo, era tudo ou nada, oito ou oitenta. Foi a melhor e mais pura pessoa que já habitou essa terra, insubstituível e inesquecível."
Amava correr, dizia ser sua terapia. Também gostava de ir as festas dos amigos e receber pessoas em sua casa. Não era de reclamar, sempre estava bem. Imediatista, resolvia tudo de uma forma tão simples e tão fácil que parecia que nenhum problema era enorme para ela.
Rute nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Taubaté (SP), aos 59 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Rute, Maria Eugenia Prado Oliceira. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Rayane Urani, revisado por Magaly Alves da Silva Martins e moderado por Rayane Urani em 24 de abril de 2022.