Sebastião Rodrigues de Oliveira

1951 - 2020

Tião Ventania, caminhoneiro, rodou este mundo como se não fosse parte dele. E agora, falta uma parte do mundo.

Para os familiares, era "Tião". Para os amigos, "Ventania". Para todos, "Tião Ventania". Muito querido, admirado e respeitado. Foi caminhoneiro a vida inteira e nunca parou.

Alguns o achavam tímido e calado, mas isso só até ele tomar uma cervejinha com os amigos e se transformar em alguém falante e divertido. Divertido, sim, pois nessas horas falava como se tivesse um chiclete na boca, todo enrolado.

"Ele era uma versão masculina daquela personagem Pollyanna: nada era só ruim, sempre havia uma possibilidade de ser bom, muito bom", conta a irmã Helen. Tião aprendeu, por exemplo, a ser carinhoso, solícito e prestativo com a mãe, Dona Zilda. Agora ela, todos os familiares e amigos dele têm, eles mesmos, de fazer o exercício de encontrar algo bom na sua partida.

Ventania se foi, mas a brisa da saudade dos bons momentos vividos nunca mais há de cessar. E isso é muito bom.