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Sérgio Murilo Rocha de Sousa

1972 - 2021

Cuidava de todos os animais abandonados que cruzavam o seu caminho.

Homem de muitas palavras, ele tinha o hábito de repetir mil vezes a mesma recomendação, de tão correto que era. Parecia um gravador em forma de gente, e tudo isso porque tinha um enorme coração, assim era o Sérgio.

Ele amava os animais e os defendia. Tinha horror a quem os maltratasse e chamava seus bichos de estimação de filhos. Era do tipo que se comovia ao ver um bichinho abandonado, e se no seu caminho encontrasse algum animal faminto, parava para alimentá-lo.

Era um marido apaixonado e um pai muito presente para sua filha do coração. Fazia o que estivesse ao seu alcance para dar o melhor à família, e tudo que prometia à filha ele dava; não conseguia negar absolutamente nada a ela. “Me mimava demais”, conta a Caroline.

Gostava muito de sopa. Era sopa no almoço, no jantar e até no café da manhã. Também amava receber visitas em casa, fazer um churrasco e ver o pessoal aproveitando a piscina. Não era muito afeito a bebidas alcoólicas, raras vezes bebia e somente para fazer uma social. Tinha a mania de apelidar todo mundo com alguma característica que a pessoa tivesse.

Sérgio deixa saudade. “Ele era a nossa fortaleza, nossa base”.

Sérgio nasceu em Paracambi (RJ) e faleceu em Rondonópolis (MT), aos 49 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela enteada de Sérgio, Caroline vitória de almeida. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Rosa Osana, revisado por Ana Macarini e moderado por Rayane Urani em 25 de junho de 2021.