1976 - 2021
Com dedicação confeccionou quinhentas máscaras embrulhadas com mensagens de amor e as distribuiu de porta em porta.
Tatiana era o centro da família, conciliadora e alegre, aquela que todos tinham como melhor amiga e porto seguro. Filha mais velha dos três filhos de Ademir e Vilma, vivia com o pai uma ligação tão extremada, que ele não resistiu à notícia de sua morte e faleceu logo a seguir.
Mãe presente, responsável e dedicada de Elisa, estudante de Medicina e de Pedro, um adolescente que vive com necessidades especiais.
Uma pessoa muito presente que se lembrava de todos em todas as datas especiais e fazia questão de presentear com artesanatos feitos por ela mesma, sem nunca se esquecer de ninguém.
Habilidosa, sabia fazer todos os tipos de artesanato: costurava roupas, toalhas, fazia "biscuit", pintava caixas de madeira, itens de decoração e até instalação de papel de parede e montagem de lustres de cristais feitos fio a fio, pedra a pedra.
Um de seus sonhos era ser tia. Sua irmã engravidou, após treze anos de tentativas, seu sobrinho nasceu e ela estava na maior alegria, confeccionando roupas e todo o enxoval.
Fazendo uso de suas habilidades, no início da pandemia costurou mais de quinhentas máscaras para doar a familiares e desconhecidos, embrulhou cada uma em um pacote decorado com uma mensagem de amor e as distribuiu na rua ou batendo de porta em porta.
Gostava de se dedicar às atividades da Igreja, foi Ministra da Eucaristia, participava de um grupo de apoio para casais e dava palestras sobre sua história de vida e de luta junto com seu marido, Anderson.
Tatiana nasceu em Pouso Alegre, (MG) e faleceu em Pouso Alegre (MG), aos 44 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Tatiana, Elisa Coutinho Moura. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 3 de maio de 2022.