1944 - 2020
Poetisa da vida que levou consigo os sonhos de brilhar no céu e deixou um legado de amor.
Terezinha formou-se professora primária e deixou de trabalhar para cuidar com muito amor das duas filhas. Poetisa, neta do também poeta Raimundo Corrêa, suas poesias eram simbolistas e algo melancólicas. Gostava muito da vida, sempre preocupada com todos.
Dela não dá para se esquecer dos sorrisos enquanto cozinhava. Preparava pratos deliciosos para o almoço.
Mas, para falar a verdade, não existiria Terezinha sem Shirley, seu marido. Ela, que tinha nas palavras a certeza de que só a poesia salvaria o mundo, não aguentou a dor da partida do companheiro, artista feito ela. Se Terezinha dominava as palavras, Shirley conquistava pelas pinturas.
Despediram-se quase juntos, como um texto que teima em encontrar o ponto final. Enquanto em vida, escreveram demais sobre amor e força. Separaram-se somente por um dia, pois hoje já estão juntos de novo.
Em um dos poemas, Terezinha escreveu assim:
"Irá comigo tudo o que não fui,
Apenas ficarão esboços do que sonhei.
Pois o que sou não me pertence,
É o legado que deixamos nessa vida".
Para conhecer a história do marido de Terezinha, visite a homenagem a Shirley Moreira da Silva.
Terezinha nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 75 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Terezinha. Este tributo foi apurado por Sabrina Legramandi, editado por Josué Seixas, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 30 de maio de 2020.