1973 - 2020
No sorriso dos filhos, o pai presente obtinha o combustível que precisava para prosseguir.
"A vida é muito curta e os nossos sonhos são grandes, imensos", dizia o jornalista Uilian Esteves.
Garoto família, que aos 12 anos gostava de fazer guerrinha de mamona no Jardim Popular, na capital paulista.
Com os pais, tios, irmã e filhos era muito presente, apegado mesmo. Costumava tratar o pai e um dos tios por "garotinho", era comum chegar sorrindo e dizendo: "E aí, garotinho?"
Sempre era visto com a única irmã em coletivas, almoço de domingo, festas comemorativas e final de ano.
Com os filhos, era um pai apaixonado, definia o sentimento como "amor maior que o mundo".
No último Dia dos Pais, postou foto com seu casal de filhos e disse: "Hoje não podia ser diferente. O dia grudado ao melhor de mim".
Adorava tomar café na padaria ao lado da filha, a quem tratava por "companheirinha".
Dizia constantemente que o sorriso dos filhos era o combustível que precisava para prosseguir.
No esporte, era corintiano apaixonado, vestia a camisa e ia para a Arena vibrar por seu time.
No trabalho, sempre foi dedicado e como todos os jornalistas, enfrentava momentos difíceis, mas seu lema era "nunca desistir".
Estava inconformado com a pandemia e fazendo trabalho social, levava kits de higiene para pessoas de baixa renda.
Foi acometido pela Covid-19 e fechou para sempre seus belos olhos azuis. Partiu deixando muitos que o amavam e que continuarão amando para sempre.
Uilian nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 47 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela tia de Uilian, Maria Riselda Morais Borges Malta. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Maria Riselda Morais Borges Malta, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 23 de dezembro de 2020.