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Úrsula Emília Ramos Campos

1973 - 2020

Dona de um sorriso inesquecível, que fez da profissão, a missão de cuidar. Fará muita falta.

Mais conhecida como Tia Úrsula ou Ursa, porque adorava dormir.

Gostava de se divertir e vivia para o trabalho.

Começou como Técnica de Enfermagem, depois resolveu fazer faculdade de Enfermagem. Amava ajudar o próximo. Largava o que estava fazendo para sair em socorro de quem quer que fosse.

Com seu jeitinho doce e meigo, conquistava as pessoas onde chegava, pois era dona de um lindo sorriso, que emanava ternura e confiança.

Trabalhava no SAMU Belém e no Hospital João de Barros Barretos. Amava o que fazia em ambos. Também era docente do ensino superior, no entanto, sempre encontrava um tempinho para estar com a família e com os amigos. Ah, e como gostava de dançar!

Acometida, Tia Úrsula foi envolvida por uma corrente de amor e oração.

Resta agora a saudade e a gratidão pela honra de ter conhecido Úrsula e, por todos os momentos com ela compartilhados.

"O sentimento que nos une é imortal. Seu corpo se foi, o amor permanece vivo!", diz Jorgete, sentindo uma enorme dificuldade em falar da amiga no pretérito.

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Apesar de pertencer ao grupo de risco, sua missão na enfermagem era maior. Solidariedade era o seu sobrenome.

Era dona de um sorriso inigualável e estava sempre disposta a ajudar. "Cheguei!", era assim que ela chamava a atenção quando chegava ao plantão.

Tinha todo o cuidado de proteger todos que amava e seu maior tesouro era sua mãe.

Pediu à amiga Loiani: "Diga à minha mãe que eu a amo", ao que, prontamente respondeu Loiani: "Ela sempre soube!"

Úrsula nasceu em Belém (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 46 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelas amigas de Úrsula, Jorgete Alves Vieira e Loiani do Socorro Palheta de Miranda. Este tributo foi apurado por Michelly Lelis, editado por Noêmia Maués, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 16 de junho de 2020.