Vanderlei Rodrigues de Castro

1954 - 2020

Cortava temperos e legumes com capricho para preparar algo especial, e esperar pela família.

Vanderlei era amado, querido e muito amigo. Nas palavras da filha Marcela, ele "arrumava o que precisava sem medir esforços". Era gentil e amável, meigo e sincero.

Também era muito forte. Superou várias adversidades e muitas perdas e, ainda assim, permaneceu de pé e manteve sua família unida. Entristeceu-se com a partida de sua amada Ligia, mas não desistiu de lutar e foi se reerguendo. Com o tempo, ele se reinventou, mudou as manias e o jeito se agir, sem deixar de lado a essência tímida e alegre.

Amava os netos com uma intensidade e ternura inenarráveis. Era tímido e um pouco ansioso, e sempre foi bom de conversa! Suas palavras doces e certeiras são lembradas com carinho.

Saudosa, Marcela conta que Vanderlei tinha o hábito de esperar a família com uma comidinha caprichada já pronta. Ela lembra que os temperos e legumes eram cortados com delicadeza e afirma que o pai era um mestre na cozinha.

Tinha um gosto musical eclético, mas onde se sentia mesmo em casa... era no samba! A memória da filha também guarda a imagem de Vanderlei dançando em uma lajotinha, com sandálias de borracha gastas, esbanjando sorrisos.