Vera Regina Motta Higino

1961 - 2020

Artesã de mão cheia, cativava a todos com a simpatia. Era o pilar da família que tanto amava.

Vera era o amor da vida de muita gente.

Era apaixonada pela família. Construiu com o esposo um casamento forte e saudável, cheio de amor e afeto. Com ele teve três filhas que criou da melhor forma possível, sempre dando assistência, puxões de orelha e amor. Muito amor. Teve ainda a sorte de ser avó, mas pode-se dizer também que mais sorte tiveram ainda as crianças, por serem netos da mulher incrível que era Vera.

Adorava se reunir com a família. Aniversário de alguém, feriado da cidade, final de semana. Tudo era motivo de comemoração para Vera, que fazia questão de confraternizar com os que amava junto com uma comida saborosa e claro: um bom abacaxi.
Fruta predileta de Vera, não podia faltar em casa de jeito nenhum. Bolo, sorvete, suco… em algum cantinho, exposto ou escondido, era só procurar que se achava a sobremesa guardada, e junto com ela Vera apreciando seu saboroso doce.

Artesã de mão cheia, fazia lindos chinelos customizados que enviava para todo país, e agradavam os olhos que os viam e embelezavam os pés que os usavam. Ao longo da vida calçou muitos pés com o lindo trabalho que fazia, e que sentia muita honra em fazer. Ganhou dinheiro honestamente e era feliz com a profissão que dava mais que sustento, dava também orgulho e felicidade.

Doce e amorosa como era, cativou muitas pessoas ao longo da vida. Seus ensinamentos e suas atitudes sempre bondosas servirão de exemplo para muitos que conheceram Vera e tiveram a sorte de aprender um pouco com ela. Forte e guerreira, foi o pilar que sustentou a família quando as estruturas ficavam abaladas, lembrando a todos que nenhum mal é eterno, e tudo sempre passa. O que fica são nossas atitudes e o que deixamos de bom.

Vera se foi deixando a grande Campinas (SP) um pouco menor. Sem ela as comemorações ficam menos alegres, e ninguém sabe ser artesã como ela sabia. Do lado de lá, ela segue cuidando e guiando os que ama, com a certeza de que tudo passa, mesmo a saudade, e um dia o reencontro vai ser muito especial, com gostinho de abacaxi.