Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Daquelas mães que dariam a vida pelos filhos. Sempre sorrindo, pedia: “Maria passa à frente!”
Dona de um coração gigante, generosidade era a palavra que mais a descrevia.
Dentro daquela mulher introspectiva pulsava um coração de portas escancaradas para o amor. Ainda pulsa.
Nadava como um peixe e não desperdiçava oportunidades de estar na água, fosse em piscinas, açudes, rios ou praias.
Passava o dia em sua cadeira de fio, apreciando a sombra do abacateiro que cultivava com tanto carinho.
Amorosa, foi mãe, tia, avó, bisavó e tataravó. No hospital de campanha, era "a bisa da UTI".
Atitudes agressivas batiam de frente com seus valores. Defendia e cuidava de pessoas e animais, em toda oportunidade.
Mulher resiliente, nunca se deixou abater por dificuldades no caminho.
Ele era o riso solto; tudo era motivo para tentar fazer uma piada, sempre sem maldade.
Um ser alado, cujo voo deixa poesia, simplicidade, gentileza e amorosidade nas lembranças dos seus.
Criava miniaturas a partir de qualquer material. Apaixonava-se tanto por elas que não tinha coragem de vender.
Rodava o salão inteiro ao som de boleros, valsas e tangos.
Era pura bondade, humildade e dedicação à família, aos pacientes e à Medicina.
Realizou o sonho de abrir seu comércio, trabalhador incansável que era.
Na escola em que trabalhava, o cheirinho de sua comida acolhedora guiava as crianças para um delicioso abraço.
Para brincar com a filha de "praia", enrolava um cobertor em suas pernas e fingia ser uma sereia.
Conhecido pela bondade, Ceará sempre perguntava aos filhos: "Tá precisando de alguma coisa?"
Todos os dias ele se ocupava em ser alegre.
Após o almoço gostava de um cafezinho para acompanhar a prosa com sua mãe, que se estendia por horas.
Só levava a filha e amigas à balada se antes elas cantassem o hino do Santos.
Sem nunca tirar o sorriso do rosto, lutou bravamente até o fim para salvar vidas.
Um avô que ensinou que o amor está estampado nas pequenas coisas da vida, basta você olhar com calma e ternura.
A horta era seu lugar de paz e as galinhas eram seus bichos de estimação.
Colecionador de apelidos e presença marcante na fanfarra e bailes abrilhantados pelo Conjunto Extremunsom.
Um verdadeiro artista, mestre em acertos e desacertos, em amar e ser amado.
Criava personagens: podia ser o tio 'lokão' procurado pela Interpol ou o surfista da Califórnia.
Contador de números e histórias que apreciava a simplicidade, sendo feliz no lugar onde viveu desde menino.
A primeira Unidade Básica de Saúde do SUS, no bairro Jardim Bassoli, em Campinas, leva o nome do doutor Meloni.
Médico, pesquisador e pai; para quem a bondade e o amor ao próximo norteavam sua trajetória.
Apenas a sua alegria conseguia ser maior que a sua barba.
De jornaleiro a fazendeiro, a trajetória fulgurante de um espírito irrequieto.
Um homem de riso fácil, por quem as pessoas logo se encantavam e de quem nunca mais se esqueciam.
Fazia de tudo para agradar as filhas, os genros, os netos e a esposa.
Um colecionador de relógios que viveu intensamente cada minuto de sua vida.
Para ele era muito especial reunir a família na praia, nos churrascos, e aproveitar os bons momentos da vida juntos.
Defensor por natureza e da natureza, pegava seu motorhome e caía na estrada.
O brilho dos seus olhos e o seu largo sorriso expressavam todo amor, fé e força que habitavam em seu coração.
O caminhoneiro de bondade sem limites que organizava em álbuns de fotos os mais belos momentos da vida.
Dona de um sorriso especial, viveu para levar alegria por onde passava.
Tinha um sorriso inconfundível, foi mãe conselheira para os filhos que gerou e que acolheu pelo caminho.
Semanalmente ia à casa da filha visitar os netos, a quem chamava carinhosamente de "meus meninos".
Era, sem sombra de dúvida, o super-herói da generosidade, mesmo que não tivesse capa ou soubesse voar.
Era ativa nas redes sociais. Vaidosa, estava sempre de unhas feitas e cabelo arrumado.
Era conhecida por todos como Lia, aquela que tinha mãos mágicas para transformar alimentos em perfeitas delícias.
Um doce de vovó que adorava conversar com muito afeto e alegria.
Gostava de preparar as receitas que sua mãezinha deixou, passando o tempero da família para outras gerações.
Em seu dicionário não existia a palavra "desistir", tinha a força da fé e a doçura do amor em seu coração.
Mulher guerreira e batalhadora que carregava consigo um sorriso encantador.
Amava filosofar sobre como era importante assistir ao pôr do sol para preencher a alma.
Mirtão ia contando suas histórias, enquanto embelezava com sua pintura, paredes de casas e apartamentos.
Loira de olhos esverdeados, um olhar que via o infinito em pura bondade, compaixão e amor.
Usava o tempero da bondade na cozinha, no abraço, nas palavras e na risada inconfundível.
Sua luz, sua voz e sua personalidade preenchiam todos os ambientes por onde passava.
Generoso, distribuía bolo para os taxistas do ponto da esquina e acolhia cães abandonados em sua casa.
Médico de riso fácil mesmo na suas maiores turbulências.
Dizia que "quem dá desculpas, não dá resultados" e assim criou uma empresa próspera e uma família unida.
Amava poder levar seu trabalho para casa, como agente de viagens foi o melhor guia da família.
Apreciava tanto os animais que cuidava de três cachorros, um jabuti e um porquinho-da-índia.
O cheirinho de bolo de cenoura traz saudades da esposa, querida mãe, sogra e doce avó.
Gostava de viajar, principalmente para Aparecida do Norte, onde praticava ainda mais a sua fé.
Um jovem galanteador que amou sua tímida rainha por 50 anos como naquela noite do primeiro baile.
Rainha das cartinhas, dos bilhetinhos escritos e desenhados a mão. Amava fast-food e era fã de Vinicius de Moraes.
Artesã de mão cheia, cativava a todos com a simpatia. Era o pilar da família que tanto amava.
No meio da natureza, se sentia inteiro. Plantava sorrisos e cultivava sua família com muito amor.
Um ser humano sensacional, que sempre fez o melhor por seus alunos e sua comunidade.