Vicente Casimiro da Costa

1937 - 2020

Vicente fez história em seus 83 anos de vida.

Carpe Diem, que significa "curta o momento", é a expressão usada pelo filho para descrever o pai, um cearense que soube aproveitar a vida fazendo um pouco de tudo.

No ano de 1958, saiu do Ceará quando ouviu que estavam precisando de pessoas para ajudar a construir a nova capital do país, fato que ele adorava contar nas memórias. Após um ano trabalhando por lá, foi para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por mais um ano e, então, mudou-se para São Paulo.

Em 1962, voltou para sua terra natal, onde conheceu Hosana Pereira da Costa, uma funcionária de um Colégio de freiras, onde Vicente foi prestar um serviço. Sete anos mais tarde, casaram-se e permaneceram assim, durante toda a vida de Vicente. As andanças não pararam e eles tiveram cinco filhos juntos, todos batizados com nomes iniciados pela letra "M". Três deles nasceram no Rio de Janeiro e os outros dois em São Paulo.

Vicente trabalhou grande parte da vida como vigilante e, nas horas vagas, usava o tempo livre para fazer artesanato, produzia barquinhos e casinhas de madeira, que hoje ocupam as estantes das casas dos familiares, os quais ele adorava fazer rir. "Não podia ver ninguém quieto que já dava um jeito de fazer uma gracinha", disse o filho.

Um cara alegre, inteligente, risonho, ligeiro e brincalhão. Assim era Vicente, aos olhos da família.

Diagnosticado com Alzheimer, foi morar em uma clínica de tratamento em São Paulo, próximo à família e, por mais que não se lembrasse de acontecimentos recentes, ainda era um ótimo contador de histórias.

Vicente não sabia o que era o coronavírus, mas isso não o impediu de contrair a doença e falecer, deixando um pouco da vida dele em cada canto do Brasil.