Vitor Pinheiro de Albuquerque

1982 - 2021

Aprendeu a dançar e até comprou uma bicicleta para poder acompanhar a namorada nos passeios.

Vitor era o caçula de uma família de quatro irmãos. Morava com a mãe e cuidava dela com uma abnegação sem medidas.

Trabalhador e honesto, não devia pra ninguém e não gostava de gastar dinheiro com futilidades. Muito responsável com o trabalho e ótimo funcionário na mesma empresa que começou aos 18 anos.

Pecava pelo excesso de zelo em cuidar das pessoas. Não falava da vida de ninguém e não gostava que falassem mal de ninguém perto dele. Às vezes era impaciente e ansioso, não gostava de pegar filas e nem de estar em meio a multidões.

Era muito simples, tudo pra ele estava bom e não tinha luxo com comidas e roupas. Gostava demais de comer e de beber uma cervejinha para acompanhar. Amava jogar vídeo game com os amigos e estava sempre disposto a brincar com o neto de coração.

Regina Célia, sua namorada, fala com carinho da relação amorosa que os dois viveram: “Estávamos juntos há quase oito anos e a nossa diferença de idade para ele não tinha problemas, sempre falei que ele parecia o velho da relação. Meus filhos que tinham quase sua idade o amavam e o chamavam de “padrastinho”; e meu neto o chamava de vovô Vito.

Não era romântico, mas estava começando a aprender como ser. Ciumento e um tanto machista pela criação recebida, em contrapartida, era muito companheiro e esteve comigo quando tive câncer, tromboses e fiz cirurgia de coluna.

Não conheci uma pessoa que não gostasse dele. Meus amigos se tornaram amigos dele. Estávamos sempre juntos nas festas, nas horas difíceis, nos micos e nas mudanças”.

Ele dizia que eu era inteligente e ele esperto, mas o vírus ganhou a guerra e suas palhaçadas e piadas são lembradas com carinho.