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Wellerson da Silva Calixto

1996 - 2020

Comprometido e muito família, era o companheiro de todas as horas da mãe e da irmã, do pai e do tio e dos avós, que tanto amava.

Wellerson amava jogos, estudava bastante e estava em busca do primeiro emprego enquanto trabalhava como jovem aprendiz. Pretendia fazer o Enem e queria estudar psicologia. Possuía diversos projetos e sonhos e fazia questão de compartilhá-los com a mãe, o pai, a irmã e os avós paternos.

Muito caseiro, Wellerson sempre se preocupava com a mãe e a irmã. Gostava de ajudá-las e, desde os 15 anos, fazia questão de contribuir com o funcionamento da casa. Embora não fosse de sair muito, estava sempre disponível para ir ao cinema. Se chamassem, ele ia...

Wellerson visitava quinzenalmente a casa dos avós paternos. O comprometimento dele com estes encontros era tão grande, que parecia até que tinha assinado com eles algum um tipo de contrato. Costumava também, junto ao pai, Marcelo, e ao tio, Márcio, assistir aos jogos do Flamengo. Nessas horas, divertiam a casa inteira, na maior gritaria.

“Falar do meu filho é fácil. O que eu mais sinto é saudade”, conta a mãe, Patrícia.

Wellerson nasceu em Nova Iguaçu (RJ) e faleceu em Nova Iguaçu (RJ), aos 23 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela mãe de Wellerson, Patrícia Ribeiro. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Josué Seixas, revisado por Rosana Forner e moderado por Rayane Urani em 13 de junho de 2020.