1955 - 2020
Com a máquina Olivetti ou com o computador, escrevia e lutava.
São José dos Campos/SP, dia de celebração no mês de lembrança do ano de luta.
Wilson amava escrever cartas. Lutando pelo bem do povo e por um mundo com justiça, escrevia para reivindicar algo ou para ajudar sua cidade do Vale do Paraíba paulista. Passou da máquina de escrever Olivetti para o computador, mas o hábito de escrever e lutar permaneceram, segundo a filha Mariana.
Outra maneira de contribuir com a cidade de que Wilson não abria mão era plantar sementes. “Ele queria ver as sementes dando frutos, sombra e moradia para os pássaros”, afirma a filha.
Também adorava ouvir músicas dos anos 60, 70 e 80.
Perdia-se em novos lugares, mas mantinha-se firme no ambiente familiar. “Quando ele nos levava para viajar, sempre se perdia, nunca sabia os lugares”, declara Mariana. Por outro lado, sempre foi muito protetor e amoroso com a família. “Muito reservado em sua vida pessoal, sempre ajudou os familiares, às vezes era um pouco duro por querer tudo certo, mas sempre queria o melhor de todos”, completa.
Wilson era corretor de seguros e considerava os clientes como amigos. “Amava vender e dar assistência aos amigos segurados”, lembra Mariana.
Homem de fé, “amava a Deus acima de tudo”, conta a filha. Seu maior sonho era conhecer Jerusalém. “Infelizmente não deu tempo... Eu, como filha, quero ter a oportunidade de visitar Jerusalém em sua homenagem.”
“Vai em paz, meu judeu! Te amamos eternamente!”, despedem-se a filha e a esposa desse homem justo e guerreiro.
Wilson nasceu em São José dos Campos (SP) e faleceu em São José dos Campos (SP), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Wilson, Mariana Nogueira. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Denise Stefanoni, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 26 de novembro de 2020.