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Zilda da Silva Costa

1960 - 2020

Seus bolos de coco eram famosos, assim como seu coração enorme e os presentes que comprava para todos.

Tímida, Zilda tinha poucos amigos, mas eram verdadeiros.

Seu coração era enorme, assim como a forte fé que cultivava. E como amava a família! Aos domingos, seu prazer era fazer bolo para todos, de preferência de coco. O passeio favorito era ir ao shopping, onde, sempre que podia, comprava presentes para filhos, sobrinhos e neto. E para ela também. "Tinha mania de sapatos!", entrega a irmã Gilda.

Certa vez, as duas viveram uma história engraçada quando viajaram para uma chácara. Sempre prevenida, Zilda arrumou a mala sem esquecer de nada, colocou até uma vela (!). Gilda riu muito: "Para que essa vela?". "Vai que acaba a energia", Zilda respondeu. As duas caíram na gargalhada. "Só você mesmo para levar vela numa viagem", disse Gilda. Ao chegarem à chácara, desfizeram as malas e foram para a piscina. Na hora de tomar banho, adivinhem? Acabou a luz! Rapidamente Zilda tranquilizou a todos: "Não se preocupem, eu trouxe uma vela". "Essa era a minha irmã: alegre, determinada, forte. Sempre via o lado bom da vida", comenta Gilda.

Tinha muitos planos e vivia o ano da tão sonhada aposentadoria.

"Como você foi especial pra nós, minha irmã! Te amaremos para sempre", despede-se Gilda.

Zilda nasceu em Arapongas (PR) e faleceu em Arapongas (PR), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela irmã de Zilda, Gilda da Silva de Souza. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Ticiana Werneck, revisado por Paola Mariz e moderado por Lígia Franzin em 31 de março de 2021.