1993 - 2020
Gostava de combinar gravata, camisa e terno. Gostava de funk e de Anitta. Mas gostava mesmo é de ser alegria.
João Pedro tinha um sorriso marcante, daqueles que transmitem uma felicidade genuína e que dificilmente é esquecida.
Formou-se em Ciências Contábeis, foi assistente fiscal e trabalhava como analista fiscal. Amigo e leal, sempre conseguia fazer sorrir quem com ele convivia.
João gostava de estar bem-vestido. Para ele, a gravata deveria combinar com a camisa e o terno. Era mesmo uma pessoa de detalhes, pelos quais se fez inesquecível: costumava parar em frente ao espelho, ajeitando o cabelo, que era cuidadosamente penteado para cima. "Não gostava de feijão ou legumes, comia apenas arroz com mistura e, às vezes, salada de alface", recorda com carinho a sua mãe.
Tanto adorava viajar, quanto ficar em sua casa, assistir à televisão, tomar um cafezinho, ouvir funk e as músicas da cantora Anitta. Ah, João Pedro amava viver a sua vida em plenitude.
Ele era, também, inteiramente amado, especialmente pela mãe Elma, o pai João, a irmã Heloísa, a sobrinha Manuela, a avó Jacy, o cunhado Daniel, o noivo Jonathan e o "filho de quatro patas", o Nero. "Era difícil vê-lo triste. Onde ele chegava, tudo se iluminava. Tinha uma luz própria", conta Elma.
Se existisse uma palavra no mundo que pudesse defini-lo, certamente seria alegria. Sim, João foi a alegria em forma de pessoa. Aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo, ainda sentem reverberar a sua luz. Decerto, ela jamais se apagará.
João nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 26 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela mãe de João, Elma Soares de Aguiar. Este tributo foi apurado por Michelly Lelis, editado por Luciana Fonseca , revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 17 de agosto de 2020.