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Joel Primo

1959 - 2020

Como era belo esse sonhador que amava fazer planos.

Um homem de incontáveis atributos, entre eles: garra e força. Um furacão batalhador.

Desde criança gostava de trabalhar, por anos foi frentista, depois motorista de caminhão-tanque, mecânico de autos, encanador...

Dedicado, estudava para melhorar seu desempenho.

Essa dedicação e empenho são, certamente, os maiores legados deixados para a filha única e para o “Torinho", como ele chamava o neto Heitor, seu parceiro mais recente das aventuras no mar, que ele adorava.

Apaixonado pelo espanhol "castelhano", dedicou-se por muito tempo, de forma autodidata, ao estudo da língua — seu orgulho.

Sua filha, Flauneri, descreve o pai com detalhes: "Um homem muito bonito, vaidoso e sedutor. Tão espirituoso e divertido que, muitas vezes, chegava a ser hilário. Sonhador nato como era, fazer planos sempre o entusiasmava", e continua: "Apesar do seu jeito meio "cabeça dura", eram esses e outros atributos e qualidades, que despertavam nas pessoas, o sentimento de amizade por ele."

Amou sua “Tica", a esposa Débora, e foi um exemplo para o neto e para a filha, que irá, muito em breve, realizar o sonho dos dois e se formar farmacêutica.

Deixou uma legião de amigos que admiravam-no.

Hasta algún día, Joel Primo.

Joel nasceu em Iacanga (SP) e faleceu em Santos (SP), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Joel, Flauneri Primo. Este tributo foi apurado por Michelly Lelis, editado por Hélida Gmeiner Matta, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 13 de junho de 2020.