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José Almir Tojal de Araújo

1927 - 2020

Vovô Almir estava sempre bem disposto. Sua marca pessoal era o abraço apertado e caloroso.

Almir tinha o melhor abraço do mundo. Era sua marca pessoal: um abraço apertado, caloroso, acompanhado de riso sonoro e alegre. "Como amava abraçar os familiares e amigos", lembra a filha Eliane.

Nordestino de Alagoas, gostava de praia, de nadar e de comer peixe frito. Não tinha luxos. Estava sempre bem disposto, gostava de assistir jogos de vôlei pela televisão, de uma cervejinha e de ficar em casa.

Depois de quase sessenta e cinco anos de vida compartilhada, continuava apaixonado pela esposa. Dividiam tudo: as tarefas do dia a dia, as muitas alegrias e as poucas tristezas.

"Quando assumiu o título de vovô, após a chegada dos netos, passou a ser chamado por todos de vovô Almir", diz a filha. "Pois bem, o vovô era um cara simples, alegre, contador de 'causos'. E, com 93 anos, não faltavam histórias divertidas", garante ela.

Ele sempre dizia que um dia iria voar para um outro mundo, feliz por tudo que tinha vivido, flutuar no céu, sem peso, indo ao encontro de tantos parentes e amigos que haviam partido antes dele. Em junho de 2020, o vovô voou.

Ficará na lembrança o seu jeito simples, o seu riso alegre e o seu abraço envolvente e acolhedor.

José nasceu em Marechal Deodoro (AL) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 93 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de José, Eliane S Tojal de Araujo. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Ticiana Werneck, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 5 de maio de 2021.