1936 - 2020
Seu Miranda, católico fervoroso, coordenava o terço na praça da Paróquia São João Bosco, no Rio de Janeiro.
Português, chegou ao Brasil aos 17 anos. Abraçou este país como se fosse dele.
Alfaiate, com instrução básica, casou-se com uma professora do município do Rio de Janeiro, Rita Dias de Miranda.
Completaram Bodas de Diamante, os sessenta anos de casados, com ele já internado.
Juntos, criaram duas filhas, lutaram para garantir estudo de ambas, sempre em instituições públicas. Uma tornou-se médica; a outra, dentista. Essas filhas, muito amadas, deram-lhes três netas, que os avós ajudaram a criar.
Seu Miranda era ministro da Eucaristia. Ele e a esposa formavam um casal de católicos fervorosos, ambos muito caridosos, gentis e humildes.
O casal morava sozinho, vivia de forma independente e era muito saudável.
Faleceram com o intervalo de vinte dias, ambos contaminados pelo coronavírus.
Deixaram duas filhas, três netas e uma legião de amigos e parentes que muito os amaram.
José nasceu no Porto (Portugal) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 83 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de José, Fátima Miranda. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Sandra Anflor da Silva, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 10 de junho de 2020.