José Pires Alves

1947 - 2020

Apesar da timidez, ele sabia demonstrar afeto. Gostava tanto de doces que chegava a comer escondido.

"Sô" Zezinho, conforme o chamavam, era um marido, genro, pai, avô, bisavô, irmão, tio, além de um amigo muito amado por todos. Costumava ficar na dele, mas possuía uma presença marcante.

Por cinco décadas, ele e a esposa Dulce, a quem chamava de Maria, criaram os filhos e a eles ensinaram o valor do trabalho e dos bons costumes. Constituíram uma família enorme que não para de crescer!

O casal tem uma biografia repleta de boas memórias; estava sempre de namoro, ria, brigava, dançava e só andava de mãos dadas.

Conta-se que Zezinho adorava doces e tinha o hábito de comê-los escondido. Às vezes, convidava algum dos netos para acompanhá-lo na travessura.

Acanhado por natureza, o avô de Aléxia demonstrava carinho através de gestos singelos, porém verdadeiros, tanto pela família como por aqueles que, eventualmente, cruzavam seu caminho. “Cada um de nós terá sempre uma boa história para contar do vô Zezinho”, ela acredita.

Aléxia espera que o avô sirva de exemplo para muita gente e cita algumas das características que o compunham: determinação, cuidado, honestidade, respeito e amor ao próximo.

As pessoas que conhecem Zezinho e sua trajetória desde a infância, bem sabem o quanto ele batalhou pelas conquistas ao longo da vida. Como é o caso do sítio “Sonho Meu", de fato a realização de um sonho, pontua a neta.

O lugar se tornou seu refúgio, onde trabalhava até o entardecer, plantando e cuidando das criações, para então, no fim do dia, tomar um banho e relaxar em frente à televisão.

“Ele adorava assistir ao jornal, aos jogos do Galo (pois era muito atleticano!) e aos filmes de faroeste”, diz a neta e conclui: "Seu Zezinho será sempre eterno em nossos corações!"