1958 - 2020
Irreverente e divertido; vestiu-se de bebê, com chupeta e tudo, só para ganhar uma aposta.
Seu apelido era Paixão, e não poderia ser diferente; não havia quem conhecesse José Roberto e não o amasse, tamanha era sua capacidade de ser generoso, gentil, atencioso e amável. Dono de um coração gigante, deu aula de compaixão, jamais deixando de ajudar quem dele necessitasse.
Era agente penitenciário de profissão e bem poderia ter sido um artesão, tinha muita habilidade com os trabalhos manuais. Outras atividades que faziam brilhar os seus olhos eram os joguinhos no celular, visitar os amigos, viajar, assistir televisão e estar na companhia dos netos.
A família, aliás, era o cerne de sua vida. José Roberto era apaixonado pela esposa, filhas e netos. Foi casado duas vezes; primeiro casou-se com Sandra e dessa união nasceu Paula, a filha primogênita que dedica essa homenagem ao pai. Do segundo casamento, com Aldileni, nasceu Yasmin.
“Meu pai se divertia fazendo brincadeiras. Sempre contava a história de quando fez uma aposta com os irmãos, vestiu apenas uma fralda acompanhada de uma chupeta, se jogou na calçada e começou a fazer pirraça como um bebê. Os irmãos duvidavam que ele teria coragem. Foi o que bastou para desafiá-lo. Ele aceitou a aposta, e venceu!”, conta Paula com carinho.
A filha despede-se do pai dizendo que ele era o amor de sua vida. Ficam as saudades, as boas lembranças e os inúmeros ensinamentos desse pai que foi mesmo uma Paixão para sua família.
José nasceu em São Gonçalo (RJ) e faleceu em São Gonçalo (RJ), aos 62 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de José, Paula de Oliveira Gomes. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Ana Macarini, revisado por Ana Macarini e moderado por Ana Macarini em 11 de novembro de 2021.