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Leonardo Farley

1982 - 2020

"Vamos fazer um churrasco?", perguntava ele em absolutamente qualquer evento.

Apaixonado pela vida, os dias desse fisioterapeuta, acupunturista, flamenguista e lutador de jiu-jitsu tinham muito mais do que 24 horas.

O pai da Sarah, filho da dona Amélia e padrinho do Igor sempre foi um cara brincalhão, que arranjava tempo livre para tudo: compartilhar memes, andar de bicicleta, assistir aos jogos do Flamengo, soltar pipa pela Ilha do Governador e reunir os amigos para um churrasco.

Churrasco sempre! Reunir os amigos em torno da grelha era um de seus passatempos prediletos. Tinha o costume gravar vídeos fazendo os cortes na carne (sempre malpassada, claro) e se divertia muito nesses momentos.

Léo atendia seus pacientes com a mesma bondade e paciência com a qual mimava sua filha, a quem dedicava grande parte do seu tempo, e todo o seu amor.

Fã de carteirinha da medicina oriental, adorava tratar seus pacientes (e a si mesmo também) com acupuntura. Para ele, não havia problema que essa técnica não resolvesse — exceto o problema do seu ombro, que jamais se curava completamente. Malhava para fortalecer o ombro, fazia cursos para aprender mais, mas nunca queria se consultar com um médico tradicional.

Léo sempre foi uma pessoa incrível, cujo legado jamais será esquecido pelos amigos, pelo afilhado, pela filha e pela mãe.

Leonardo nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 37 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela amiga de Leonardo, Thais C. A. Ensenat . Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Letícia Fortes, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 14 de junho de 2020.