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Maria das Graças Ferreira da Mota

1950 - 2020

Foi a melhor "pãe" para os filhos e a família toda! Ensinou tudo, menos a viver sem ela.

Uma maravilhosa costureira, esposa do seu Pedro, mãe de sete filhos e avó, Gracinha sempre fez de tudo para dar para eles, que eram suas maiores paixões.

Sua filha conta que como ela era uma cozinheira de mão cheia, um dia pediu a ajuda da mãe para fazer um delicioso frango caipira, pois quando ia fazer acabava errando e ela de forma engraçada respondeu “Menina, tu é broca, tu não presta atenção nas coisas.”

Amava ir à igreja tanto quanto amava ir visitar sua irmã Sanôca. Tinha uma fé inabalável.

Não percebeu que calçou uma sandália de um modelo e o outro pé, de outro modelo e foi desse jeito participar de um culto residencial, só se deu conta quando já estava lá e notou que as pessoas estavam rindo, sempre com uma alegria contagiante, também começou a rir dela mesma.

Uma mulher cheia de vida e que fazia a família rir bastante quando contava suas piadas e fazia palhaçadas.

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (1 Timóteo 4:7)

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Era uma pessoa muito querida por todos, inclusive pela comunidade evangélica da qual fazia parte. "Não temo mais o 'mal', pois em Cristo está minha fé, no meu barquinho está Jesus de Nazaré ", costumava dizer.

Sempre preocupou-se muito com os outros e, além da igreja, amava ir ao shopping, fazer feira e ao mercado.

Apesar do bom humor ser uma característica marcante, era obstinada e tinha uma personalidade forte. Isso a fazia ajudar quem precisava, principalmente seus familiares.

Era uma avó amorosa. Após ficar viúva, conta a filha que a mãe: "Foi então nossa 'pãe', uma das mulheres mais guerreiras que já conheci e a que nos ensinou muitas lições nessa vida."

Lutou muito para cuidar dos filhos, netos e sobrinhos, descuidando às vezes da própria saúde, fingindo estar bem, mesmo doente. "Só nos restam a dor da saudade e as lembranças de tanta dedicação. Descansa em paz ao lado de Deus, mãe!", despede-se Joseane.

Maria nasceu em Tracuateua (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Maria. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Bianca Ramos e Denise Pereira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 25 de junho de 2020.