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Maria Ivete de Campos Vicchini

1967 - 2020

Um amor sem igual pela filha e pela família. Coração gigante, sorriso imenso. Ria até chorar, era contagiante.

“Não tem como falar dela e não mencionar seu sorriso contagiante. Risos que viravam lágrimas, com os olhos fechados. Demorava minutos para ela se recompor e a gente também”, descreve a sobrinha Thaís.

Sempre animada, Maria Ivete apelidava todo mundo de tio e tia. Tinha sorte nos jogos de cartas e amava um bingo. As brincadeiras ficavam por conta dela, que no amigo-secreto, ou amigo-oculto, sempre "aprontava" todas. “Ninguém queria ser tirado por ela, pois, com certeza, o presente seria uma zoeira”, lembra Thaís.

Ela conta que a tia tinha um coração gigante, que até parecia bater fora do peito, de tanto que esbanjava amor, especialmente na relação com a sua filha, “um amor e uma amizade entre mãe e filha de se admirar!”

“Mãe é mãe”, Maria Ivete sempre repetia. Mas no caso dela, seu amor maternal se estendia aos outros. “Ela era um pouco mãe de todos a sua volta. Preocupava-se com todos e nunca deixava de demonstrar o carinho que sentia, com gestos e com palavras. Ah, se o mundo todo fosse como ela!”, conta a sobrinha.

Ela lembra que Maria Ivete também ensinava: “Tenha fé em Deus e seja grata a Ele. Ajude o próximo, escolha sempre a verdade, abrace o abraço, demonstre o amor e seja feliz!”

Thaís compromete-se com a tia. “Seguiremos firmes para continuar o seu legado e faremos de tudo para que seus sonhos sejam realizados”, ela diz, e encerra sua homenagem mencionando um trecho da música “O Anjo Mais Velho”, que diz:

"Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo, incerto, depende de como você vê"

E encerra: "Aqui não é o fim da linha. Ainda vamos nos reencontrar aí do outro lado".

Maria nasceu em Bragança Paulista (SP) e faleceu em Bragança Paulista (SP), aos 52 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Maria, Thaís Aparecida Crispim. Este tributo foi apurado por Hélida Matta , editado por Rosimeire Seixas, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 12 de setembro de 2020.