Maria José Ricardo de Carvalho

1945 - 2020

Alfabetizou centenas de crianças e adultos. Alegrava-se em ver a evolução através da leitura e do conhecimento.

Maria José, a Dona Zezé, era mulher simples, dedicada à família, que fez de sua vida exemplo de grandeza e de amor ao próximo. Colocava-se à disposição para ajudar quem precisasse e se empenhava em trazer alegria e bem estar a todos à sua volta.

Era pessoa de fácil convivência e dona de bom coração. Da raiz nordestina veio o hábito de usar vestidos leves e de estampado colorido, adequados ao calor de lá fazia.

Apreciava a culinária mineira, que lhe trazia o gosto da infância vivida com a mãe, Dona Chiquinha. Gostava de Roberto Carlos e de visitar amigos e parentes no Rio de Janeiro.

Professora por amor, Tia Zezé foi agraciada com placa de reconhecimento pelo MEC em razão da excelência do seu método de ensino. Por meio dela, muitos alunos de idades variadas foram apresentados ao maravilhoso mundo das letras e puderam experimentar a sensação de poder e de liberdade que a capacidade de leitura e de escrita concedem.

Era praticante da fé cristã, seguidora fervorosa e propagadora da palavra de Deus. Envolvia-se em atividades na Igreja e se valia de sua memória excepcional para organizar os jograis e as peças de recital.

Da mãe Maria José, o filho Cleimar fez poesia. Pelo seu olhar, “ela tinha o sabor inesquecível de um doce raro e trazia o agradável frescor da brisa que anuncia a chuva. Aos filhos foi reservado o privilégio de experimentar o sabor da água dessa chuva, que molha o rosto fazendo lembrar do amor que viverá na eterna saudade”. E ele finaliza dizendo “Não é choro, mãe! É só uma chuva. Obrigado por tudo.”

Para ele, de todas as lições ensinadas pela Dona Zezé, a mais valiosa foi a de como ser uma boa mãe.