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Marilda de Fátima Coelho Santos

1960 - 2021

Gostava de relembrar sua juventude e dava boas risadas contando as histórias daquele tempo tão bom.

Antes de se tornar enfermeira, Marilda de Fátima havia trabalhado como manicure, mas nunca deixou de atender a clientela em domicílio, mesmo depois de mudar de profissão. Tinha muitos amigos, diversas histórias boas pra contar da época em que trabalhava e sentia muita saudade dos pacientes e dos amigos que fez ao longo da jornada. Marilda lutou muito pelos seus sonhos e sempre procurava ajudar todos a quem podia estender a mão; mas tinha sangue quente e não levava desaforo pra casa.

Gostava de contar histórias da sua juventude, uma das suas favoritas era a de como havia conhecido o marido, com quem estava prestes a completar dezoito anos de casamento. Marilda não tinha o costume de viajar nas férias, entretanto, num certo ano, foi convidada pela amiga Vânia para visitar Aracaju. Lá, conheceu o irmão de Vânia e, apaixonada, casou e logo se mudou definitivamente para a capital sergipana. Talvez coincidência, talvez destino, mas a irmã de Marilda, Elen, tem uma certeza: "nada acontece por acaso".

Muito ligada à família, tinha o costume de viajar para Belo Horizonte, onde ela o marido gostavam de fazer compras. Juntos, o casal explorou também os arredores de Aracaju.

Batalhadora, sonhadora, forte e corajosa, Marilda espalhou carinho e boas memórias por onde passou. Ela será sempre lembrada com muito carinho por aqueles a quem tanto amou ao longo da vida.

Marilda nasceu em Belo Horizonte (MG) e faleceu em Aracaju (SE), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela irmã de Marilda, Elen Aparecida Coelho. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Victoria Vital, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 24 de junho de 2021.