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Milton Junco

1948 - 2020

Apaixonado pela neta e pelo timão, o homem trabalhador e de gostos simples foi pai, sogro, marido e avô dedicado.

Português, como era conhecido pelos amigos desde moço, era um pai muito dedicado e amoroso. Marido apegado à sua Antônia, mais conhecida como Toninha, não fazia nada sem ela e não se desgrudavam.

"Meu sogro gostava de ouvir Roberto Carlos. Mas o que ele gostava mesmo ─ a sua paixão ─ era o Corinthians! Ele amava futebol... A qualquer jogo que estivesse passando, ele assistia. Mas o Corinthians era a sua paixão. Tinha vários pôsteres, emblemas e copos do timão pela casa", conta a nora Tatiane.

Milton era aposentado e tinha um pequeno comércio próximo à sua casa ─ uma lan house, onde ele e Toninha, sua esposa, faziam currículos e, por isso, eram bastante conhecidos no bairro.

Muito ativo, gostava de trabalhar. "Acordava cedinho para abrir a lan house e ficava, às vezes, até as 22 h, quando fechava. Trabalhava, inclusive, aos sábados e domingos, pois dizia que isso ocupava sua cabeça", relata a nora Tatiane.

A alegria veio com a chegada da primeira netinha, a Isabel. "Ele amava muito a minha filha. Gostava de dar frutas, água e cuidava bastante dela. Isabel era uma outra grande paixão da vida dele", conta a nora.

Muito caseiro, gostava de comida simples. A rabada com macarronada dos finais de semana e a pizza caseira da esposa Toninha eram os seus pratos favoritos.

"Marido, pai, sogro, avô, amigo e companheiro... Ficará para sempre em nossos corações", finaliza Tatiane.

Milton nasceu em Americana (SP) e faleceu em Americana (SP), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela nora de Milton, Tatiane Lopes Junco. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin e Hélida Matta , editado por Mariana Lopes, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 26 de janeiro de 2021.