Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Excelente maquinista, habilidosamente conduziu a mais importante rota de viagem: a da vida.
Lutava bravamente pela igualdade e pelo fim do preconceito.
O mineiro que fez história na Pauliceia Desvairada.
Companheiro de todos, ganhou o concurso de "amigo mais legal" no bairro em que morava.
O seu coração era como a imensidão azul do mar, que lá no horizonte parece tocar o céu.
Para demonstrar afeto, costumava trocar as palavras por gestos.
Mulher de fé, frequentava às missas de domingo e jogava, religiosamente, no bicho, de segunda a sexta.
Ao som das mais autênticas músicas sertanejas e gospel, ela costurava com prazer delicadas peças.
Chegou numa primavera e com ela tudo foi alegre e colorido, como o sol e as flores nas manhãs de setembro.
Compartilhou ideias e sentimentos pelas linhas dos contos, crônicas e poesias que escrevia.
Em sua sabedoria, não importava o agravo recebido, dizia que "jamais se deve retribuir na mesma moeda'".