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Mônica Cavalcante de Abreu

1978 - 2020

Sempre com um sorriso no rosto que transpunha toda e qualquer dor, jamais deixou de lutar pela vida.

Se tinha uma palavra que pudesse descrever Mônica, seria guerreira. Apesar das adversidades, encarava a vida com muita alegria e sabedoria. Mãe de Caroline e Camile, tia de Amanda, tinha um amor incondicional pelas meninas. Gostava de levar as crianças para passear em parques, ir à praia e visitar pessoas queridas.

Moniquinha sempre foi uma pessoa envolvente e envolvida com sua família, com o próximo, íntegra e amável. Sonhava em se formar advogada, era estudante de Direito. Desde 2017, vinha lutando contra um câncer que lhe havia acometido, precisando interromper os estudos. Com o apoio de familiares, alguns amigos e seu fisioterapeuta, Erick Flor Francisco, que foi um verdadeiro anjo acolhedor em sua vida, lutava cheia de esperanças em sua recuperação.

Mulher guerreira, mãe amável, amiga ímpar, sonhava em se tornar uma defensora das leis e acompanhar o crescimento das filhas. Será sempre lembrada por sua fraternidade, resiliência e desprendimento de bens materiais. Jamais desistiu de viver e de acreditar em seus sonhos.

Texto de autoria de Mônica Cavalcante de Abreu:

“Eu desejo...
… que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro.
Que ela possa vir com toda a simplicidade de dentro para fora, de cada um para todos.
Que as pessoas saibam falar, calar e acima de tudo ouvir.
Que tenham amor ou então sintam falta de tê-lo.
Que tenham ideal e medo de perdê-lo.
Que amem ao próximo e respeitem sua dor, para que tenhamos certeza de que…
… viver vale a pena!!!”

Mônica nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 41 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela amiga de Mônica, Roqueline Rocha. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Jullie Sammur, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 28 de junho de 2020.