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Nair Aparecida Gonçalves

1964 - 2021

Festeira como poucos, amava celebrar os momentos importantes da vida, sempre bem arrumada e espalhando bom humor.

Nair e Antonio conheciam-se desde a infância porque moravam próximos, na mesma comunidade rural de São José das Palmeiras, uma cidade paranaense. Casaram em abril de 1983 e permaneceram juntos por aproximadamente trinta e oito anos numa relação marcada pela mais profunda cumplicidade, alegria e respeito entre os dois.

Eles foram pais de Jean e Nayara, e avós de Gabrielly, Ana Júlia, Mariah e Jean Antônio, filhos do Jean. Porém, não chegaram a conhecer Anthony, filho da Nayara, que nasceu após o falecimento dos avós.

Nair era uma pessoa festiva, que gostava de comemorar todas as datas importantes, fazendo sempre questão de organizar as reuniões da família nos aniversários, jantares e almoços aos domingos, e valorizava os momentos de oração em família.

Ela era católica, muito religiosa, além de otimista e acolhedora. Muito devota de Nossa Senhora Aparecida, foi catequista e madrinha de várias pessoas da família e de alguns filhos de pessoas conhecidas que a estimavam. Gostava de conversar, gostava das crianças. Tinha carinho pelos filhos e pelos sobrinhos. Amava viajar.

Trabalhava como cabeleireira, apreciava andar sempre bem arrumada e sentia prazer em arrumar os outros também. Desejava melhorar sua qualidade de vida fazendo uma cirurgia no joelho, por causa da artrose. Porém, isso não impediu que, com sua forma divertida de ser e de viver, deixasse muitas lembranças de suas festas e risadas.

Gisele, sua sobrinha, fala de coisas que a fazem se recordar da tia: "Frango assado com batata, feijoada e outras comidas caseiras. Quando faço cuca, sempre lembro dela porque ela amava... Lembro também sempre que ouço a música 'Mãezinha do Céu'".

"Ela faleceu dois dias depois do esposo, que era irmão do meu pai. Os dois deixaram uma saudade dobrada. Ela era alguém muito especial, que nos ensinou a sempre ter fé e faz uma falta enorme. Ela amava demais o meu tio. Nós amávamos eles dois e o jeito deles de nos acolher. Nossa tia ficará sempre na memória com sua grande alegria de festejar a vida”.

O marido de Nair também foi uma das vítimas da Covid-19. Para conhecer um pouco da sua história acesse a homenagem a Antônio Gonçalves neste Memorial.

Nair nasceu em Paranavaí (PR) e faleceu em Foz do Iguaçu (PR), aos 56 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Nair, Gisele de Souza Gonçalves . Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 10 de novembro de 2022.