INUMERÁVEIS

Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.

Marabá (PA)

Alaide Polary Santana Oliveira, 58 anos

Mulher altruísta e doce. Apegada aos filhos, excelente profissional, amiga de todos e temente a Deus.

Cecília da Conceição Souza, 49 anos

Amor ao próximo nunca faltou. Viveu primeiro para os filhos, depois para si.

Floriano Viera da Silva, 88 anos

Pescava nos rios - além de peixes -, histórias e lendas que encantavam suas netas.

Ilda Nocetti Macias, 74 anos

A voz doce que perpassava as salas de aula e alcançava os corações.

Janete Correia, 66 anos

Assar bolos aos finais de semana para receber os netos em sua casa era sagrado para ela.

Julcivan de Araújo Silva, 48 anos

Capotinha era o típico paraense que amava açaí com camarão.

Maria Batista dos Reis e Silva, 72 anos

Chamava de "físicas" as caminhadas diárias; em seguida, colocava seu "sonzinho" para dançar durante as manhãs, toda feliz.

Maria das Graças Costa e Silva Vieira, 47 anos

Foi a primeira da família a ter diploma de graduação e pós-graduação, tornando-se assim, aos 45 anos, um exemplo para todos.

Maria de Lourdes Holanda Santos, 73 anos

Persistente e sonhadora, formou-se professora e construiu sua própria escola.

Raimundo da Luz Carvalho Filho, 67 anos

Quebrando tabus, já cinquentenário tornou-se bacharel em Direito.

Rita de Cássia Costa Araújo, 25 anos

Defendia a diversidade, sabia o nome científico de várias plantas e adorava cozinhar. Era impossível não amá-la.

Salvina Pereira de Freitas, 77 anos

Não perdia a oportunidade de se debruçar na janela só para admirar a chuva.

Sebastião Crisostomo da Silva II, 88 anos

Quando alguém ia embora de sua casa, ficava esperando na porta para acenar até a pessoa sumir na esquina.

não há quem goste de ser número
gente merece existir em prosa