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Paulo Cesar Barbosa Colares

1949 - 2020

Dedicava-se a fazer as pessoas felizes e, assim, construiu a sua própria felicidade.

Filho caçula de Seu Tomaz e Dona Palmira, seu apelido "Bacana" era um reflexo de sua alegria contagiante. Desde criança trabalhou duro, vendendo tacacá com a sua mãe. Foi um verdadeiro orgulho para sua família, que via nele o esteio, a segurança e a honestidade. Tinha a visão de um futuro melhor para todos e dedicou-se a construí-lo durante toda a sua vida.

Trabalhou como corretor de imóveis, foi "um profissional tão sensível e humano que, imediatamente, tornava-se amigo de seus clientes", como conta a filha Virginia. Sem reservas, fazia amigos em todas as oportunidades.

Seus olhos arregalados, sua voz rouca e sua boa conversa conquistavam todos que o conheciam. Inventava músicas, brincava de pular ou falava em uma língua inventada para fazer as crianças rirem. "Ele se adaptava a tudo e a todos, só para fazer as pessoas felizes. E assim, sem mistérios, construiu a sua própria felicidade", lembra a filha.

Tinha um coração enorme, sempre se dispondo a ajudar os outros, como quando levou um enfermo de carro para o hospital, sem se preocupar com a sua própria saúde. Homem gregário, queria todos juntos e misturados. Com a intensidade que depositava em tudo que fazia, foi "um verdadeiro pai" para sua mãe, seus irmãos, seus amigos, seus netos e, principalmente, para seus filhos. Sua alegria de viver deixa saudade em todas as pessoas que o conheceram.

Paulo nasceu em Belém (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Paulo, Virginia Cristina Correa Colares Nunes. Este tributo foi apurado por Samara Lopes, editado por Paula Garcia Corrêa, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de setembro de 2020.