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Sonia Maria Carrenho

1952 - 2020

Pipoqueira com muito orgulho, mesmo após reveses na saúde nunca se deixou abater.

"Minha mãe foi a mulher mais maravilhosa que já conheci." É assim que Karina a apresenta.

Amorosa, cheia de vida, bondosa e muito guerreira, Sonia foi pipoqueira, com muito orgulho.

Sua vontade de viver era maior que tudo. Antes de sua brava luta contra a covid-19, ela travou outras duas que atestaram o quanto era forte. Quando criança, aos 11 anos, foi diagnóstica com um tumor cerebral. Perdeu os movimentos dos membros, mal falava. Sonia jamais desistiu, seguiu o tratamento e conseguiu superar - por causa da radioterapia, o tumor que estava estacionado há 57 anos. Após se aposentar, precisou ficar acamada após um erro médico em uma cirurgia de fêmur. "Mesmo assim nunca perdeu a fé e esperança de andar", conta Karina.

Os amigos e familiares a chamavam carinhosamente de Tita ou Soninha. Foi mãe, avó, e acima de tudo, uma grande amiga. "Minha mãe deixou uma linda lição de vida. Foi uma guerreira que jamais desistiu de lutar", despede-se a filha.

Sonia nasceu em Presidente Prudente (SP) e faleceu em São Caetano do Sul (SP), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Sonia, Karina Carrenho Bueno da Silva. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Ticiana Werneck, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Phydia de Athayde em 29 de janeiro de 2021.