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Vitor Rogério Pinto

1968 - 2021

Para ajudar o próximo, ele se tornava mecânico, eletricista, pedreiro, encanador, ou o que se fizesse necessário.

Dedicação e cuidado são qualidades que faziam parte do caráter de Vitor. Foi operador de áudio na TV Cultura, e também dirigia o carro das equipes de jornalismo. Lá ficou conhecido por Vitinho, lugar onde conquistou muitos colegas e amigos, podendo compartilhar aprendizados e histórias de vida. Como bom profissional, sempre buscou dar o seu melhor; preocupava-se com cada detalhe para garantir que as matérias da emissora tivessem a melhor qualidade de áudio possível.

O seu maior prazer era reunir a família e fazer churrasco, a sua especialidade. Por falar em família, foi casado por treze anos com Keli Cristina, cultivaram o amor e dele nasceu a filha Nicoly Cristina. Rogério também já era pai de Camila, Clayton, Vitor Hugo e Gabriel.

Quando Nicoly nasceu, prematura, ficou internada por três meses. Rogério se apegou à sua fé e vibrou com o seu pequeno milagre, foi lindo de ver. Nicoly se tornou uma moça linda e forte.

Como esposo foi companheiro, como pai e avô foi protetor e amoroso, como ser humano carregou bondade no coração. Realizava obras sociais ajudando moradores em situação de rua, entregando alimentos e cobertores, assim devolveu para aquelas pessoas a esperança e o carinho de sentir-se olhadas e acolhidas.

Vitor Rogério deixou saudade e um ensinamento singular sobre o amor e o cuidado ao próximo. É por isso, e também por tantas coisas não ditas, mas vivenciadas, que será para sempre lembrado.

Vitor nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 52 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela enteada de Vitor, Thalita Cristina de Oliveira Morais. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Leiana Isis de Oliveira, revisado por Rayane Urani e moderado por Ana Macarini em 29 de maio de 2021.