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Wanda Maria Inacio

1957 - 2021

Extrovertida, praticava a hospitalidade fazendo novas amizades e acolhendo pessoas em casa.

Wandinha era conhecida na pequena cidade de Bragança Paulista. Tudo por causa de seu jeito alegre e expansivo. Gostava de falar sobre as trivialidades da vida sem se apegar ao passado duro, devido às necessidades que passou na infância.

Era forte, batalhadora, e tinha muita fé em Deus. Ir à igreja aos domingos era sagrado. Acolhedora e hospitaleira, levava a sério o versículo bíblico que diz: "Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber, alguns acolheram anjos".

Trabalhava com semijoias e amava reunir a mulherada ao redor de seu famoso cafezinho. Aproveitava a ocasião para deixar todas mais bonitas.

Amava muito a família: as irmãs e irmãos, as duas filhas e a neta Juliana. Gostava de fazer macarronada aos domingos para receber família e amigos, e de ter a casa cheia de barulho e gargalhadas. Falante, levava alegria por onde passava. "Foi uma mãe excepcional, muito carinhosa e amorosa", conta a filha caçula Najara. Apesar dos 1,49m de altura, sempre defendeu as filhas com unhas e dentes.

Era linda, adorava se empetecar e se encher de cremes. Tanto que Najara a chamava de "perua", em tom brincalhão.

Partiu deixando muitas saudades em todos. "A vida ficou mais silenciosa. Sei que onde ela estiver está espalhando energia e alegria. Até breve, minha querida mãe", despede-se a filha.

Wanda nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Bragança Paulista (SP), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Wanda, Najara Inacio Guaycuru Gonçalves. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Ticiana Werneck, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 14 de junho de 2021.