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Zélita Braga Gaia

1977 - 2020

A primeira ligação diante de um problema, todos faziam a ela.

Zélia, como era conhecida a Zélita, não teve uma vida fácil, mas nunca perdeu o sorriso no rosto e a capacidade de achar graça nas simples coisas da vida.

A família e os seus dois filhos eram as suas paixões: Vitor Hugo, de 22 anos e Isabele Vitória, de 18 anos. Também vivia uma grande paixão, um amor verdadeiro, com quem estava muito feliz e com quem esteve até o último momento.

Era o alicerce da família. “Muito próxima, fazia o papel de mãe de todos. A primeira ligação diante de um problema, todos faziam a ela. Com amigos não era diferente, sempre prestativa” conta Marina, cunhada de Zélia, esposa de seu irmão, Valdoli Braga Gaia.

Mulher honesta, justa e batalhadora, sempre trabalhou como diarista, mas nos últimos tempos era copeira de um hospital em Belém, no Pará.

Com a família viveu muitos momentos felizes, especialmente o Natal de 2019. “Nosso último natal com toda a família reunida foi muito especial, como uma despedida”, relembra Marina.

Zélia sempre será lembrada por seus amigos e familiares pela capacidade de sorrir, pelo coração enorme e por ser sempre o melhor apoio diante das adversidades.

Zélita nasceu em Cameta (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 42 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela cunhada de Zélita, Marina. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Fernanda Queiroz Rivelli, revisado por Didi Ribeiro e moderado por Rayane Urani em 28 de maio de 2020.